Contra o Corpo e Contra a Mente

by Parafuso Silvestre

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1.
Zero Um 04:38
Um alarme interrompe um sonho Contra o corpo e contra a mente eu sei Ainda processo as vontades Que eu já abandonei Ondas me atravessam Me dizendo o que fazer Eu digito a minha vida Ao invés de a viver Eu amo como a sombra brinca No limiar do que a destrói Sonhando com o outro lado sempre Pedindo nostalgia quando a rotina dói Alguém quer que eu compre uma vitória fácil Ou então um sedativo se eu perder E a mais vendida é a ideia de que a vida É uma corrida que eu tenho que vencer Não posso provar que você existe Mas eu amo a fantasia De que a morte só insiste Porque ama companhia Quando o meu sangue for rarefeito O vento vai levar o meu nome E toda essa fúria em meu peito Não vai mais passar fome Quem me dera ser de novo A quimera que me era
2.
Madalena 04:34
Madalena Madalena você, vai ou não vai, pular Nesse mar que ‘cê imaginou Alisar os cachos salgados das ondas Ouvir o som das folhas sussurrando uma canção no temporal O vento passa inflando os lençóis no varal E você Madalena é capitã, mandando içar velas alheias ao bem E ao mal, ao mal Inocência, Madalena flutua Inocência, Madalena flutua Num mergulho transparente Pro meio do ventre surdo A imensa sombra das baleias Substituindo as nuvens Os cliques constantes Dos crocantes crustáceos Os tapetes voadores de raias E náufragos apaixonados De ossos abertos Sereias, tesouros e histórias Inocência, Madalena afunda Inocência, Madalena afunda Ouvir o som das folhas sussurrando uma canção no temporal O vento passa inflando os lençóis no varal E quanto mais a gente desce mais escuro fica E quanto mais a gente desce mais escuro fica E quanto mais a gente desce mais escuro fica E quanto mais a gente desce mais escuro fica
3.
Essas Ruas 06:11
Essas Ruas Enquanto caminho por essas ruas Enormes e sem nomes Nessa cidade fantasma Com suas gárgulas insones Lembrando que o seu amor foi só Como uma pétala seca é só Nem o cheiro é mais o mesmo Mas não esquecemos o aroma E andamos assim a esmo Sem ter que nos torne soma Somos um, sem o outro, somos só Você não foi feita pra mim Azar o meu, pensei que sim Pensei Enquanto caminho por essas ruas Enormes e sem nomes Nessa cidade com asma Onde as mágoas tem fome Lembrando que o seu amor foi só Como um soldado anônimo morto é só Você não foi feita pra mim Azar o seu, pensei que sim E o tempo reconstrói quaisquer destroços Mas eu já não penso mais nos nossos Já não Lembrando que o seu amor foi só Como um brinquedo favorito que quebra é só Como uma ideologia que cai por terra é só Como a ruína quando acaba a guerra é só É só
4.
Flor 06:07
Flor Flor, você que me nasce amor Você que me mal ou bem me quer Você que me o que você quiser Você, que será Que virá verde quiçá Que virá ver me ou desviar quiçá Desvelar mistérios em estéreo ópticos Sensação de shangri-sei-lá-o-que Nem onde você se esconde Flor E eu me sentindo do lado avesso Te provo a língua Até chegar do outro lado alado ao lado seu Ao lado seu Seu Acaricio as tuas sobrancelhas com meus lábios inertes E com meus dedos sou descobridor Dos sete amares Dos sete amares Flor, deusa, queira me livrar De frieiras financeiras E mórbidas rotinas Escritórios-purgatório Nesse imenso velório Da imaginação Queira me livrar disso tudo E me prender à você Num dissonante Fuso horário Até que a morte Venha nos provar o contrário Vira essa boca pra cá Eu quero te morder o beijo A tua beleza é de dar água nos olhos do meu desejo Do meu desejo

about

Contra o Corpo e Contra a Mente é o nome do EP de estréia da banda Parafuso Silvestre. É o primeiro capítulo de uma trilogia que narra através de músicas, ilustrações e atmosferas a saga de uma pessoa perdida entre sonho e realidade. A sonoridade envolve elementos de rock progressivo, trilhas sonoras e música pop. As letras em português descrevem uma jornada surreal ao mesmo tempo em que refletem dilemas atuais.

credits

released March 13, 2017

Produção: Parafuso Silvestre

Mixagem e Masterização: Martín Misenta em Valvestate Studios

Edição: Beto Fonseca em Valvestate Studio

Suporte e Supervisão em Estúdio: Júlio Lemos em Valvestate Studios

Captação: Jz Produções e Parafuso Silvestre

Captação de Bateria e Guitarra Adicionais: Valvestate Studio

Cordas na Faixa Madalena: Raiza Diatel

Arranjo de cordas, programação de samples e synths digitais por Parafuso Silvestre

Parafusos: Bruno Arceno, Juarez Mendonça, Julio Victor, Taro Löcherbach

Arte Gráfica por LaserDemon baseada na ilustração original (Chuva ácida) de Victor Guilherme

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about

Parafuso Silvestre SC, Brazil

A Parafuso Silvestre é uma banda catarinense de rock alternativo com influências do pop e trilhas sonoras.

* Taro Löcherbach (voz e guitarra)

*Julio Victor (guitarra e baixo)

* Bruno Arceno (guitarra e baixo)

* Juarez Mendonça Júnior (bateria, synths e samples)
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